Foi lançada hoje, dia 05 de dezembro, a primeira para a reabilitação do lote 1 da Estrada nacional número Um (N1), no troço entre Gorongosa e Caia. A obra está orçada em mais de três mil milhões de meticais que serão desembolsados pelo Governo e o Mundial.
Depois da reabilitação, a estrada contará com uma largura de sete metros, revestimento duplo, cinco pontes, 103 aquedutos circulares e 32 aquedutos retangulares. Está concessionada à China Road and Bridge Corporation (CRBC).
Entretanto, o Governo reconhece a dimensão do desafio que tem pela frente, pois a reabilitação de toda a extensão da N1 exige mais de 3,2 mil milhões de dólares, recursos que o país ainda não dispõe.
Por isso, “optámos por uma estratégia responsável e realista: intervir primeiro nos troços mais críticos, onde a vida económica e social está mais bloqueada”, explicou o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe.
Esta foi a razão da escolha do Posto Administrativo de Nhamapaza, na província de Sofala, para o lançamento da Primeira Pedra das obras de reabilitação da nossa N1, semelhante às obras que já estão em curso no troço no troço Gorongosa-Caia lote 2, entre o quilómetro 84, na localidade de Tropa, e o quilómetro 168, em Ndoro.
Segundo clarificou, as obras fazem parte de um pacote de 1.053 quilómetros financiados pelo Banco Mundial, num investimento total de 800 milhões de dólares, a executar em três fases.
A Primeira fase, com uma extensão de 508 quilómetros e orçado em 400 milhões de dólares que vão abranger os troços Gorongosa-Caia (Lote 1 - 84 km); Gorongosa-Caia (Lote 2 - 84 km); Chimuara-Nicoadala (166 km); Metoro-Pemba (94 km); Inchope-Gorongosa (70 km).
A Segunda fase, contará com um investimento de 230 milhões de dólares, a serem aplicados nos troços Rio Lúrio-Metoro; Rio Save-Muxúnguè; Muxúnguè-Inchope. E a última fase está avaliada em 220 milhões de dólares americanos para o troço Pambara-Rio Save.
“Trata-se de um dos maiores investimentos de sempre na estrada que une o país de Sul a Norte e integra agricultura, indústria, comércio, turismo e logística numa única linha de desenvolvimento”.
Matlombe reforçou que ao reabilitar os 84 km entre Gorongosa e Caia, espera impactos concretos na vida da população. “Este investimento não é apenas betão e asfalto, é emprego, oportunidades e futuro que deve começar a reflectir se na vida do nosso povo hoje”.
Com esta importante obra de estradas, espera-se garantir a redução dos custos de transporte; menor desgaste das viaturas; viagens mais rápidas e seguras; melhor acesso às zonas de produção agrícola; maior capacidade de escoamento dos excedentes; estímulo às pequenas e médias empresas; mais empregos permanentes e sazonais para os jovens e para as comunidades locais.
“Estradas abertas significam mercados mais próximos, escolas acessíveis, hospitais mais perto e famílias com mais rendimento. É assim que se constrói desenvolvimento verdadeiro, e é assim que se constrói independência económica”.
Na ocasião, apelou às comunidades que protejam os equipamentos e colaborem com o empreiteiro. “Cada acto de sabotagem atrasa o progresso de todos e rouba oportunidades aos nossos jovens. Aos empreiteiros, exigimos rigor, qualidade e o compromisso de contratar mão-de-obra local, para que o impacto económico comece já durante a obra”.
Matlombe afirmou ainda que “hoje damos um passo decisivo. É apenas o início, mas é um início firme, planeado e comprometido com o futuro”.
Por sua vez, o Secretário de Estado da Província, Manuel Rodrigues, disse que a reabilitação da N1 é motivo de satisfação para todos, pois trata-se do início de um processo de melhoramento de parte significativa do troço da N1 que simboliza a veia que transporta e também cimenta a unidade nacional.
“É motivo de satisfação para todos nós porque esta acção estratégica do Governo irá dinamizar a economia local, porquanto nesta estrada passam viaturas de transporte de mercadorias diversas, de transporte de passageiros, cimentando também aquilo que é o intercâmbio que nós, população da província de Sofala, temos estado a fazer com os nossos concidadãos que vêm da parte sul e norte do nosso país, incluindo os dos países do Interland”.
Rodrigues frisou ainda que com a reabilitação daquele troço “estaremos em condições de reafirmar a nossa prontidão de continuarmos a aumentar a produção e a produtividade agrícolas e participar activamente no processo de desenvolvimento do nosso país e, quiçá, da região austral de África, porque a nossa província é aquela que é atravessada por este corredor de desenvolvimento que interliga não só as províncias do país, mas também estes países do Interland, como é o caso da República do Zimbábue, Malawi, Tanzânia e também a República Democrática do Congo”.

