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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E LOGÍSTICA LEVANTA SUSPENSÃO DA CITYLINK

O Ministério dos Transportes e Logística (MTL) anunciou hoje, 17 de Dezembro, o levantamento da suspensão da Empresa de Transportes Ideal, da qual faz parte a CityLink, cujo autocarro envolveu-se num acidente de viação, que matou sete pessoas, no passado dia 7 de Dezembro, no Distrito da Manhiça, Província de Maputo, ao longo da N1. Na mesma ocasião, comunicou que fica suspensa a interdição da circulação de veículos de transporte colectivo e semi-colectivo de passageiros, durante o período nocturno, das 21.00 até as 05.00 horas.

O levantamento do impedimento da transportadora ocorre, entre outros, devido aos pedidos separados da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) e da própria empresa, mas também se levou em conta a presente época festiva que, em regra, a demanda pelos transportes de passageiros tem sido alta.

Na comunicação à Imprensa, o Porta-voz do MTL, Luís Chaúque destacou que a medida não isenta a empresa da sua responsabilidade sobre o acidente, por isso será multada e deve, igualmente, indemnizar as famílias e promover capacitações sobre a segurança rodoviária junto dos seus motoristas, bem como levá-los à reciclagem.

“A empresa compromete-se, ainda, a usar o seu sistema de monitoria dos autocarros para a segurança rodoviária. Trata-se de um mecanismo que a Transportes Ideal tem para controlar a velocidade dos autocarros, o tempo de partida e de chegada dos seus meios”, destacou.

Por ter se provado que o acidente ocorreu por negligência e violação das regras de condução por parte do motorista, o mesmo continua suspenso e será sancionado nos termos dos artigos 33, 44 e 147 do Código da Estrada, sem descurar o facto de já ter sido constituído arguido, devendo o caso seguir seus trâmites na justiça.

“É importante deixar muito bem claro nesta nossa comunicação que o Ministério dos Transportes e Logística não vai tolerar comportamentos de condutores que colocam em risco a vida das pessoas. Estamos atentos. As nossas equipas de fiscalização estão atentas. Pelo que não vamos hesitar aplicar medidas cabíveis para travar os acidentes de viação nas nossas estradas”.

Num outro momento, Luís Chaúque fez saber que por meio de um Despacho conjunto dos Ministros dos Transportes e Logística e do Interior, a partir de amanhã, dia 18 de Dezembro de 2025, até ao dia 10 de Janeiro de 2026, fica suspensa a interdição da circulação de veículos de transporte colectivo e semi-colectivo de passageiros, durante o período nocturno, das 21.00 até as 05.00 horas.

Ao tomar esta medida, “o Governo pretende, durante a presente Quadra Festiva, tornar a circulação de pessoas e bens, mais eficiente e segura, facilitando a fluidez do tráfego rodoviário e descongestionando os Postos Fronteiriços, Terminais e as Estradas, evitando deste modo a acumulação de viajantes, turistas nacionais e internacionais, particularmente ao longo dos principais Corredores e Estradas Nacionais”.

Esta decisão, segundo explicou, será acompanhada da implementação de medidas de controlo e fiscalização do trânsito e das actividades de transporte de passageiros, no âmbito das Operações do “Comando Conjunto”.

Adicionalmente, são reforçados os Postos de Fiscalização Fixos e Móveis, devendo incidir sobre o controlo da legalidade para a realização da actividade de transporte público de passageiros, lotação dos veículos, controlo da velocidade, condução sob efeito de álcool e demais normas de trânsito nas vias públicas.

Ainda assim, “apelamos aos condutores dos veículos automóveis para optar por uma condução defensiva, evitem exceder os limites de velocidade permitidos, não usem os telemóveis durante o exercício de condução, não consumam bebidas alcoólicas e/ou substâncias que podem alterar a sua capacidade de resposta contra qualquer situação de emergência na estrada”.

Na mesma senda, invocou aos passageiros e outros utentes da via pública para denunciarem toda e qualquer tentativa de realização de manobras perigosas por parte dos automobilistas durante a condução, “denunciem no Posto de Fiscalização mais próximo, todas as irregularidades que coloquem em perigo as sua vidas e a segurança rodoviária nas nossas estradas”. 

 

 

"NÃO VIEMOS CELEBRAR PORQUE OS DESAFIOS SÃO ENORMES"

No sábado, por volta das 22h, as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) receberam duas aeronaves avaliadas em 25 milhões de dólares, com capacidade para 100 passageiros. Estas fazem parte do plano de aquisições prometido aos moçambicanos, no âmbito da reestruturação da companhia.

Na ocasião, o Presidente de Conselho de Administração (PCA) da LAM, Agostinho Langa Jr recordou que houve alguns prazos indicativos que não foram cumpridos, não por vontade própria, mas devido a complexidade da indústria de aviação.

“Temos aqui o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, em representação ao Governo, para dizer que este é um pequeno passo para a LAM, se calhar um pequeno passo para nós, mas é um grande passo para o País. Estão aqui duas aeronaves próprias que chegaram no sábado. Estão prontas para voar. São aviões que estão em condições. Apesar de as aeronaves ainda não terem as cores da LAM, para que não haja dúvida de que elas são próprias, podem ver as matrículas, aquela matrícula C9 é nossa”.

Na ocasião, explicou que não foi possível trazer as aeronaves pintadas com as cores da companhia devido ao atraso na disponibilização das mesmas e, por outro lado, as oficinas onde as pinturas são feitas são poucas e há muita demanda.

Entretanto, logo no início do mês de Janeiro os espaços vão abrir e vamos mandar os aviões para serem pintados nas cores da LAM e acreditamos que daí todas as dúvidas vão ser dissipadas. Por isso, “achamos que ao invés de metermos os aviões agora em operação é melhor completarmos o processo da pintura e em termos de pessoal.  Já temos uma equipa de cerca de 20 pilotos que estiveram em treinamento, temos 12 no país, 8 devem chegar nos próximos dias. Não nos vai faltar pessoal para voar nestes aviões, mas o mais importante mesmo era apresentarmos o trabalho que estamos a fazer ao Governo”.

Agostinho Langa reafirmou que aquele é um pequeno passo para a LAM porque o nosso Conselho de Administração prometeu entre 5 a 6 aviões até ao fim deste ano, “não conseguimos atingir, mas estão aqui 2 e continuamos a trabalhar para que durante o próximo trimestre consigamos completar aeronaves”.

Para fazer face à demanda da quadra, será reforçada a actual frota com mais um Airbus que deverá chegar nos próximos dias, “com isso vamos ter capacidade para atender aquilo que poderá ser a demanda durante este período das festas e faremos tudo para que a pintura dessas aeronaves seja concluída o mais rápido possível e elas entrem em operação”.

 

Por seu turno, João Matlombe, afirmou que “não viemos celebrar porque os desafios são enormes e estamos cientes de que demos apenas um passo diante de um problema bastante complexo e a sociedade espera soluções mais estruturantes, definitivas e melhores”.

Reafirmou ainda que “é o que nos propomos fazer, mas também não podemos com humildade deixar de reconhecer e com alguma satisfação o esforço que a empresa, o grupo de accionistas, que está a liderar a empresa tem estado a empreender nos últimos 11 meses, desde que assumimos este novo ciclo de governação”.

Matlombe fez saber que há resultados alcançados no âmbito de toda a reforma que está a ser levada a cabo na LAM, que não são visíveis aos olhos da sociedade, sendo que o primeiro era de estabilizar a empresa que estava tecnicamente. Era preciso ressuscitar a empresa e isso os accionistas com bastante esforço conseguiram.

Também era preciso estabilizar em relação ao volume de vendas e despesas. “Nos últimos 4 meses tem estado a ter vendas superiores às despesas. Em condições normais estaríamos diante de uma empresa viável, promissora e que pode conseguir cumprir com os seus compromissos e pode, inclusive, fazer reinvestimento ao nível da aquisição das aeronaves”.

Mais uma vez, o timoneiro da pasta de Transportes e Logística, reafirmou o compromisso de estabilizar a LAM, de modo a oferecer à sociedade uma empresa que orgulhe aos moçambicanos, que garanta a previsibilidade, uma empresa que oferece serviços a preços mais competitivos e mais baixos.

“De nada valerá aumentarmos as aeronaves enquanto viajar for apenas para um determinado grupo. Queremos acabar com os voos da madrugada, que são incómodos, mas ocorrem devido à insuficiência das aeronaves, o que dificulta também a nossa planificação.

 

 

PORTO DA BEIRA TERÁ PLANO DIRECTOR

O Presidente da República, Daniel Chapo, visitou na manhã deste domingo, 14 de dezembro, o Porto da Beira, em Sofala, que tem tirado “sono” ao Governo devido a situações ligadas à sua gestão e congestionamento de camiões que enferma aquela cidade.

Na ocasião, recordou que a primeira etapa para acabar com o congestionamento será através da construção da estrada que vai dar acesso ao Porto que na sua primeira fase vai ter um nó em Inhamizua. Entretanto, a segunda fase vai continuar com a estrada até a zona do Dondo, em Mafambisse, onde será construído o centro logístico de referência regional, para resolver o problema de congestionamento ao nível do Porto.

“Como é de conhecimento de todos, o Porto da Beira está a crescer, com isso o número de carga vai aumentando, tanto de combustíveis, carga geral e de contentores, o que leva a que continuemos a fazer investimentos neste”.

Apesar de reconhecer que o acto de lançamento da primeira pedra e a mobilização do empreiteiro para a construção da nova estrada de acesso ao Porto da Beira, é um passo extremamente importante para a resolução destas preocupações. Mas, também, “chegamos à conclusão que temos de continuar a investir mesmo dentro do Porto da Beira, porque há problemas relacionados com combustíveis, com carga geral e com contentores”.

Por este motivo, decidiu-se pela elaboração de um plano director do desenvolvimento do Porto da Beira, ao mesmo tempo que se equaciona a possibilidade de criação de uma entidade que possa impor disciplina no Porto da Beira.

“Quando digo impor disciplina é porque tem várias concessões, várias entidades, e cada uma vai fazendo investimentos à sua maneira, sem uma coordenação, o que acaba não resolvendo o problema principal que é a necessidade da eficiência do Porto da Beira”.

Recordou ainda que ao longo deste ano efectuou visitas de trabalho aos países do Interland, nomeadamente Zimbabué, Malawi e Zâmbia e todos reclamam da necessidade de se aumentar a eficiência no Porto da Beira. Por isso, “decidimos, a nível do governo a nível central, construir essa nova estrada de acesso ao Porto da Beira, com a necessidade de entrarmos imediatamente, enquanto começar já a primeira fase, com nó Inhamizua, entrarmos também para a segunda fase, de ida até Dondo, mas concretamente na zona do Mafambisse, para a construção desse grande centro logístico de referência regional para resolvermos os problemas do Porto da Beira”.

Chapo referiu ainda que tem consciência que isto só não vai resolver o problema do Porto da Beira, pois este precisa de uma entidade que possa gerir o plano director e fazer cumprir por parte de todos aqueles que fazem parte.

“Digo isto porque, por exemplo, neste momento temos o único ponto por onde os camiões entram e saem. Não faz sentido. Era preciso investimentos por parte dos CFM, da Cornelder, mas também de todas as entidades envolvidas no Porto, até entidades públicas. Estou a falar da Autoridade Tributária, das Alfândegas, bem como a Kudumba e tantas outras”.

O Presidente da República fez saber que o Conselho de Ministros está a passos avançados rumo à construção da Fronteira de Paragem Única de Machipanda, que vai flexibilizar a saída e entrada de camiões e de pessoas e bens do Zimbabué para Moçambique e de Moçambique para Zimbabué.

O mesmo está a ser feito na fronteira de Ressano Garcia, em Maputo. “Também vamos construir uma fronteira de paragem única porque estamos com o mesmo problema de congestionamento de camiões, mas também na circulação de pessoas e bens e a nossa intenção tanto na fronteira de Ressano Garcia como de Machipanda para além de serem de paragem única devem ser digitalizadas”.

FRONTEIRA ÚNICA DE RESSANO GARCIA COMEÇA A GANHAR FORMA

O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, manteve conversações, na manhã de ontem, 13 de dezembro, com a Ministra dos Transportes da África do Sul, Barbara Creecy. A visita de trabalho era para se inteirar do funcionamento do K4, do lado de Moçambique, e do K7, na África do Sul.

Matlombe clarificou que o trabalho em conjunto com as autoridades sul-africanas que tem sido realizado ao longo dos anos para a melhoria do funcionamento do corredor da N4, o corredor do Maputo, sobretudo nesta altura do ano, em que há uma pressão muito grande, com o regresso dos moçambicanos que trabalham naquele país.

“Eles vêm acrescentar a pressão que já temos vindo a ter em relação ao funcionamento de todo o fluxo logístico ao nível do nosso corredor. O que nós fizemos hoje foi um trabalho de detalhe, com vista a analisar desde o ponto de partida no quilómetro 7, do lado africano-sul, avaliar o funcionamento, o desempenho e procurar entender quais são as questões que podem ser melhoradas do lado da África do Sul”.

Ao mesmo tempo que os governantes queriam perceber quais são as questões que podem ser melhoradas. A conclusão a que se chegou é que devem melhorar os processos e procedimentos aduaneiros nos dois países.

“Os colegas da autoridade tributária e das alfândegas, do nosso lado, felizmente estão a fazer um trabalho excelente, com vista a melhoria no atendimento e no fluxo. Do lado africano-sul, há uma pressão grande, por isso mostramos que é preciso trabalhar em equipa para que haja melhorias dos dois sistemas”.

É que segundo explicou de nada valerá se os sistemas forem melhorados do lado moçambicano e não melhorar do lado africano-sul. Por essa razão, houve um compromisso das duas partes, no sentido de se trabalhar em conjunto para ver se conseguir melhorar e, sobretudo, evitar a repetição dos processos. Portanto, “tudo o que é feito do nosso lado não deve se fazer novamente do lado africano-sul. Isso vai ajudar a amenizar a situação”.

Ainda durante a visita, Matlombe, chamou atenção às equipas, pois não faz muito sentido que na fronteira, no local da migração, haja espaço para 10, 15 atendentes e apenas duas ou três pessoas estejam a atender. “A mesma coisa em relação às portadas, que são pontos também que acabam criando, de alguma forma, algum embaraço em relação à fluidez do trânsito. Essas medidas são importantes na questão dos esforços em relação à segurança rodoviária”.

Dada a pressão que se tem neste momento, é importante reduzir a fadiga dos motoristas, que é para não evitar acidentes de viação ao longo das estradas nacionais. “Tomamos medidas e vamos continuar com a monitoria. As equipes já estão a trabalhar”.

O resultado disso é que será possível, a partir da próxima semana, ter a visualização na componente logística desde o quilómetro 7 até Maputo, o que vai permitir tomar decisões pontuais em relação aos pontos de atraso ou alguma demora, isso vai permitir fazer intervenções imediatas, tanto do lado africano como do lado moçambicano. “Começamos a fazer a integração dos sistemas justamente agora”.

Recordou que do moçambicano, praticamente todo o corredor está digitalizado, o que permite o controlo do fluxo de tráfego desde a fronteira até o Porto de Maputo. Entretanto, não existe a visualização do lado sul-africano. “Só a partir dessa informação e integração do sistema do lado sul-africano é que vai nos ajudar a tomar decisões”.

João Matlombe aproveitou a ocasião para deixar uma mensagem aos condutores para que tenham maior segurança e responsabilidade na estrada. “Vamos ser contundentes em todas as situações que acharmos que são graves. Estas medidas visam garantir que as mesmas não voltem a acontecer”.

 

 

Beira terá estrada alternativa para camiões que entram para o Porto

Foi lançada hoje (12.12.2025), oficialmente, a Primeira Pedra para construção da estrada alternativa de acesso ao Porto da Beira, na província de Sofala. A ideia é que esta via sirva para os camiões que têm congestionado aquela cidade.

Na ocasião, o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, destacou que o País enfrenta vários desafios neste sector, principalmente no que diz respeito à melhoria das condições de acesso, com destaque para custos elevados no manuseio e transporte de mercadorias; longo tempo de espera e burocracia na tramitação dos serviços; e vulnerabilidade e segurança reduzida para os empresários e os diversos intervenientes da cadeia de valor específicas em corredores logísticos, entre outros.

“O sector dos transportes e logística tem conhecimento dos desafios aqui arrolados. Estamos a trabalhar, de forma incansável, na busca de soluções que tornem os Corredores Logísticos do País mais eficientes”.

Para o caso específico do Porto Beira, considerada uma importante infraestrutura logística com relevância na estratégia de revitalização do papel da Logística na dinamização da economia do nosso País, o sector tem estado a fazer estudos e análises profundos, em coordenação com os diversos parceiros para a sua eficiência.

“O Governo, através do Conselho de Ministros, aprovou a modernização do Porto da Beira por via da construção do Centro de apoio e Facilitação Logística de Dondo, assim como a integração da estrada de acesso ao Porto da Beira, com o objectivo de reforçar a construção, conservação e exploração, sob regime de portagens, de estradas, pontes e infraestruturas associadas”.

Matlombe clarificou ainda que o que o Governo está a fazer com o Terminal Logístico de Dondo e a nova estrada de acesso ao Porto da Beira, tem como objectivo descongestionar a Beira.

“Só para se ter uma ideia, por dia, circulam cerca três mil camiões na Estrada Nacional Número Seis e, destes, mil tem como destino o Porto da Beira. Entretanto, apenas 200 conseguem entrar e os restantes 800 enfrentam dificuldades devido ao acesso do próprio Porto, criando assim, o congestionamento que se vê todos os dias”. 

Por isso, desafiou a Cornelder fazer parte activa desta solução e um actor importante na cidade. “É nossa expectativa, como Governo, que o Terminal Logístico de Dondo e a nova estrada de acesso ao Porto permitam conceber, construir, operar, manter e depois, devolver ao Estado Moçambicano a via de acesso ao Porto, ampliando as alternativas logísticas no corredor da Beira”

Por outro lado, as infraestruturas vão assegurar maior eficiência das operações portuárias, aliviando a pressão de tráfego na Estrada Nacional Número Seis e reforçar a competitividade do Corredor da Beira, tornando o Porto mais atractivo e seguro.