Moçambique e RSA eliminam fronteira ferroviária

Moçambique e RSA eliminam fronteira ferroviária

Os comboios operados pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a sul africana Transnet Freight Rail da Africa do Sul (TFR) passam a atravessar a fronteira de Ressano Garcia sem restrições, nem necessidade de troca de equipamento rolante, como resultado do contrato assinado esta sexta-feira, 1 de Julho de 2022, pelos dirigentes das duas empresas ferroviárias.

De acordo com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Doutor Mateus Magala, com a assinatura deste contrato o Corredor de Maputo passa a contar, a partir da próxima semana, 4 de Julho de 2022, numa fase inicial, com 21 comboios de chrome e ferrochrome, por semana, contra os actuais 15 comboios semanais.

Para o Ministro Magala, este entendimento testemunha uma expressão simbólica das boas relações económicas entre a República de Moçambique e a República da África do Sul, para além de constituir um novo paradigma de soluções logísticas entre os dois Países.

“O contrato ora assinado vai muito além de um simples contrato. Ele reflecte, com efeito, uma mudança de paradigma. Um paradigma em que se privilegia a cooperação como forma de melhorar a competitividade do corredor. Um paradigma em que se privilegia o posicionamento da região no mercado internacional”, disse Magala.

No novo modelo operacional, remove-se a fronteira física, passando a ter um corredor sem fronteiras.  Com efeito, as duas administrações ferroviárias, o CFM e a Transnet, passam a operar comboios sem interrupção (seamless trains), reduzindo assim os tempos de transito e contribuindo para oferecer uma solução logística mais eficiente e mais económica aos clientes.

A principal alteração reside no facto de a operadora ferroviária moçambicana passar a fazer comboios de longo curso no território sul africano materializando, deste modo, mais um passo ruma à integração regional.

Como ganhos desta iniciativa, o Ministro apontou a complementaridade dos sistemas, melhorando a eficiência e  a competitividade. “Os nossos sistemas logísticos são complementares e quando usados de forma integrada agregam valor a economia e servimos melhor os utentes, “disse o Ministro, acrescentando que com este novo modelo operacional o corredor torna-se mais competitivos, eficientes e focado na prestação de um serviço de qualidade.

Como principais desafios, o Ministro Magala apontou a necessidade do aumento da carga manuseada nos Portos nacionais, integração de sistemas ferroportuários, com recurso a tecnologias de informação comunicação, bem como a melhoria da oferta e qualidade do transporte ferroviário de passageiros.

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