A Província de Gaza passa a integrar a rede nacional de aeroportos nacionais, com a inauguração, a 29 de Novembro de 2021, do Aeroporto baptizado pelo nome de Filipe Jacinto Nyusi, construído, de raiz, no Distrito de Chonguene, na Província de Gaza.
Falando por ocasião da inauguração desta imponente infra-estrutura, O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi sublinhou que a construção deste aeroporto representa a materialização da sua promessa de dotar Gaza com uma poderosa ferramenta para a dinamização do desenvolvimento daquela província e do País em geral.
“Este aeroporto vai harmonizar e impulsionar o desenvolvimento acelerado da indústria, turismo, agricultura e diversos serviços de Gaza, melhorando a integração proficiente da dinâmica económica desta província com o resto do País e do mundo”, disse.
Para a rápida integração desta infra-estrutura no sistema do transporte aéreo nacional e internacional, o Presidente recordou que a província de Gaza é um dos pontos do País com um grande potencial turístico. As praias com águas cristalinas, os parques, a cultura e espírito acolhedor do seu povo fazem desta província um destino preferencial dos nacionais e estrangeiros que demandam estes serviços, exortando a todos actores da economia nacional e agentes locais para implementar diversas iniciativas contando com novo aeroporto.
Dotada de tecnologia de ponta e espaço acolhedor e confortável para os passageiros, o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi tem uma área de 3400 metros quadrados que abrange o Terminal com 2600 m2 e espaços de escritório com 600 m2, num edifício principal de um piso, tendo a sua torre de controlo 28.7 metros de altura.
Dimensionado para receber cerca de 220 mil passageiros por ano, o aeroporto é avaliado em cerca de USD 60,3 milhões, investimento resultante de um donativo do Governo da República Popular da Chinês, no âmbito das boas relações de cooperação entre Moçambique e este país asiático.
Para além deste aeroporto, a China constitui um parceiro estratégico no desenvolvimento de Moçambique. Só no Sector dos Transportes e Comunicações, os frutos da cooperação entre Moçambique e a República Popular da China são enormes. Para além do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, foram implementados diversos projectos como a reabilitação, ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo, migração da televisão analógica para a digital, a construção da estrada circular e a ponte Maputo/ Katembe, reforço da frota do transporte público urbano, entre outras iniciativas de desenvolvimento de Moçambique.
Os aeroportos são um cartão-de-visita do país e criam novas oportunidades de negócios, geradas nos serviços de transporte de passageiros e carga.
Para além do transporte, os aeroportos tendem a ganhar uma nova importância estratégica como centros logísticos e de desenvolvimento, com impacto para as comunidades e a economia local.
Neste contexto, é expectativa do Governo ver uma cidadela a despontar em Chonguene com infra-estruturas como hotéis, centros de conferências, centros de negócios e outras iniciativas complementares ao transporte e serviços aéreos.
A visão do Governo de Moçambique para o desenvolvimento do transporte aéreo remete o País para a necessidade de potenciar a construção, reabilitação, ampliação e modernização de infra-estruturas e equipamentos adequados para projectar o País no mercado global desta indústria da Aviação Civil.
À margem das infra-estruturas aeroportuárias, o desenvolvimento da Aviação Civil moçambicana inclui a provisão de meios para explorar o mercado nacional e regional, no contexto da competitividade que caracterizam este mercado.
O dinamismo económico que o País vem registando, em termos de projectos de investimentos, coloca Moçambique na rota dos países de referência e como destino preferencial para fazer negócio.
Os investimentos massivos que o País tem vindo a receber precisam de um transporte aéreo eficiente quer para facilitar a movimentação de mão de obra especializada no País, quer para a logística das suas operações.
Neste contexto, o Presidente Nyusi desafiou a todos os intervenientes na cadeia de prestação do serviço de transporte e trabalho aéreo a olharem para estas oportunidades como vectores para o desenvolvimento deste ramo de actividade.
A inauguração do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi ocorre numa altura em que o País e o mundo reerguem-se dos impactos negativos da terceira vaga da pandemia da COVID-19.
A Aviação Civil afigura-se como o ramo dos transportes onde o impacto da pandemia foi bastante severo, com perdas financeiras dos operadores e provedores de serviços aéreos domésticos superiores a 5 mil milhões de meticais, no exercício económico de 2020.
Em Gaza, a reprogramação do cronograma de actividades de construção do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi constitui um dos exemplos de como o Governo conseguiu se readaptar para a implementação, com sucesso, dos programas e planos definidos para o desenvolvimento do País.
Para Filipe Nyusi, os gestores e demais intervenientes na cadeia da prestação de serviços de transporte aéreo devem ser mais criativos no processo da recuperação da Aviação Civil moçambicana, propondo medidas de políticas e gestão para estimular e induzir confiança no mercado.
De forma particular, Nyusi desafiou aos gestores da empresa Aeroportos de Moçambique a conceber e implementar um plano de marketing e rentabilização da sua rede de infra-estruturas, incluindo o Aeroporto de Gaza.
Para que os aeroportos moçambicanos continuem a ostentar brilho e cumpram o seu papel de “cartão de visitas” nas cidades onde estes estão inseridos, Nyusi orientou a empresa Aeroportos de Moçambique para continuar a priorizar trabalhos de manutenção preventiva dos edifícios e respectivos equipamentos.
Refira-se que, antes da construção do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, Gaza era a única província do País que não estava ligada ao transporte aéreo, levando a que as viagens aéreas daquele ponto do país fossem complementadas por via rodoviária, numa distancia de cerca de 200 Km de Xai-xai a Maputo.