Corredores devem ser plataformas de oportunidades

Os corredores da Beira, Nacala e Maputodevem torna-se corredores de oportunidades económicas e não apenas corredores de cargaem trânsito, disse este Sábado, 20 de Agosto corrente, o Ministro dos Transportes e Comunicações Mateus Magala, no final da seu visita de trabalho à Província de Sofala.

O Ministro Magala trabalhou de 18 a 20 de Agosto corrente, na Província de Sofala, com o objectivo de inteirar-se do funcionamento e desafios do Corredor da Beira, transporte público urbano, serviços de telecomunicações, funcionamento do aeroporto Internacional da Beira, entre outros desafios do Sector dos Transportes e Comunicações na província.

Em Sofala, o Ministro Magala trabalhou no Porto da Beira, linha férrea de Machipanda, Fábrica de Travessas de Dondo, com operadores privados envolvidos na logística do Corredor da Beira e com a Associação dos Transportadores da Beira (ATAB) e instituições e empresas do Sector (Delegação do INAM, EMODRAGA, TMCEL e Aeroportos), para além de contactos com diversas entidades e autoridades da Província de Sofala.

Sobre o trabalho realizado nas infra-estruturasferro-portuárias da Beira, o Ministro Magala orientou aos operadores para reverem as suas ambições e orientarem os seus ganhos para além dos rendimentos directos provenientes do transporte de mercadorias em transito, devendo partir para uma visão integrada, na qual se deve projectar os corredores como oportunidade dedesenvolvimento económico, através daexploração das facilidades ai instaladas para aindustrialização do País, com vista a promover renda e emprego de qualidade e actividadesque vão catapultar o desenvolvimento da economia do País.

No sistema ferro-portuário, o Ministro testemunhou avanços notáveis no aumento da carga manuseada. No ano passado, o Porto da Beira atingiu o recorde de sempre, ao manusear cerca de 278 mil contentores. Como perspetivas projectam-se melhorias como resultado dos investimentos em curso na reabilitação da linha férrea de Machipanda, aquisição de novoequipamento ferroviário rolante, como vagões locomotivas, carruagens e automotoras. O Porto da Beira projecta ampliar a sua capacidade de manuseamento de contentores dos actuais 300 mil para mais de 700 mil.

Para melhor coordenação dos diversos intervenientes nos corredores de desenvolvimento constatou-se haver necessidade de criação de um gestor do corredor responsável pelas gestao da infraestrutura e desempenho do corredor duma forma integrada.

Do trabalho realizado com a Associação Comercial da Beira, foram identificados constrangimentos administrativos como complexidade e morosidade do desembaraço de mercadorias, taxas elevadas, entre outros elementos a serem ultrapassados para a melhoria da eficiência e competitividade do Corredor da Beira.

Sobre os aspectos administrativos apresentados pelos operadores privados intervenientes no Corredor da Beira, o Ministro Magala sublinhou que parte das preocupaçõesencontraram resposta nas medidas de estimulo da economia publicadas pelo Presidente da República, decorrendo um trabalho sectorial para a respectiva implementação. Sobre os demais aspectos prevalecentes, foi acordadauma plataforma de trabalho regular para o enquadramento e solução das preocupações dos operadores.

Outro tema que mereceu especial atenção no trabalho do Ministro em Sofala é o transporte público urbano. Do encontro havido com a Associação dos Transportadores da Beira (ATABE), foram clarificados os fundamentos e mecanismos para o subsidio aos utentes do transporte público urbano, bem como a identificação de constrangimentos dos operadores de transporte público urbano da Beira a serem atendidas nos próximos dias.

Os serviços de telecomunicações, o funcionamento e desafios do aeroporto da Beira foram matérias abordadas durante a visita efectuada à Delegação da Tmcel na Beira e ao Aeroporto Iocal. Na visita às empresas, o Ministro reconheceu haver desafios da conjuntura, porém exortou aos gestores a serem criativos para que aquelas unidades produtivas deixem de ser centros de custo, passando a cumprir o seu papel na economia, bem como gerar renda para o Estado.

Acompanharam o Ministro na visita à Sofala, quadros seniores do Ministério dos Transportes e Comunicações, da empresa Portos e Caminhos de Ferros de Moçambique (CFM), da Agência Nacional de Desenvolvimento Geo-Espacial (ADE) e da Agência Metropolitana dos Transportes de Maputo (AMT).

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