Eswathini entra na operação ferroviária sem fronteira

Eswathini entra na operação ferroviária sem fronteira

A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Eswhathini Railways formalizaram, esta sexta-feira, 5 de Agosto de 2022, a remoção da fronteira ferroviária de Goba, permitindo deste modo a livre circulação de combóis de mercadorias entre os Dois Países.

Assinaram o Acordo o PCA do CFM, Miguel Matabele e o CEO da Eswhathini Railways, Nixon Dlamini e testemunharam o evento, o Ministro dos Trasnportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala e o Ministro das Obras Públicas e Transportes de Eswathini, Chief Ndlaluhlaza Ndwandwe.

Como impacto imediato da implementação deste Acordo, a linha férrea de Goba vai duplicar o número de comboios diários de carvão, passando dos actuais 2 para 4 comboios. O volume de carvão transportado também vai aumentar na mesma proporção, passando das actuais 3600 toneladas para 7200 toneladas por dia.

Fruto da implementação deste Acordo e demais medidas que as duas administrações ferroviárias têm vindo a implementar, a linha férrea de Goba que no ano passado transportou cerca de 190 mil toneladas de carga proveniente de Eswatini para o Porto de Maputo, deverá manusear cerca de 788 mil toneladas, até ao final do ano, quadruplicando deste modo o volume de carga manuseada em 2021.

Falando na ocasião, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala frisou que os impactos positivos da remoção das fronteiras ferroviárias no Corredor de Maputo não se limitam às operações ferroviárias. A par da eficiência das operações ferroviárias, estão os proveitos positivos de todos os outros integrantes da cadeia logística do transporte ferroviário neste Corredor.

O Porto de Maputo que já no ano passado registou o recorde de sempre de mais de 22 milhões de toneladas manuseadas, está agora em posição de continuar a crescer e aumentar os volumes manuseados que receberá das linhas férreas alimentadoras.

A economia nacional tem uma oportunidade de continuar a crescer duma forma sustentável e equilibrada através de impostos e diversas taxas, oportunidades de emprego e multiplicação de negócios que advém das infraestruturas de transporte.

Como desafios, o Ministro Magala aponta a necessidade da melhoria da eficiência das infraestruturas de transporte, directamente ligada aos processos de gestão das fronteiras, onde ainda persiste muita intervenção humana e burocrática.

Nessa componente, o Ministro defende que o País precisa de introduzir reformas nos mecanismos de controlo e desembaraço das mercadorias, reduzindo o tempo que os operadores levam quer para o pagamento de taxas, como para o controlo e certificação das mercadorias, sobretudo a carga em trânsito.

A digitalização, automação e integração dos processos de entrada e saída de mercadorias no país constitui um caminho irreversível que, de acordo com o Ministro Magala, Moçambique precisamos de percorrer para tornar as infraestruturas de transporte eficientes e competitivas.

Para o Ministro das Obras Públicas e Transportes do Reino de Eswathini, Chief Ndlaluhlaza Ndwandwe a eliminação da fronteira de Goba simboliza as boas relações entre Moçambique e aquele Reino, acrescentando que o Governo do seu reinado continuará a privilegiar iniciativas deste género que trazem benefícios concretos para as economias das duas nações.

Refira-se que a eliminação das fronteiras ferroviárias do País iniciou com o entendimento alcançado entre o CFM e a sul africana Transnet Freight Rail, para a livre circulação de comboios de mercadorias na fronteira de Ressano Garcia, formalizado em Maputo, a 1 de Julho de 2022.

Related Articles