O Presidente da República, Daniel Chapo, visitou na manhã deste domingo, 14 de dezembro, o Porto da Beira, em Sofala, que tem tirado “sono” ao Governo devido a situações ligadas à sua gestão e congestionamento de camiões que enferma aquela cidade.
Na ocasião, recordou que a primeira etapa para acabar com o congestionamento será através da construção da estrada que vai dar acesso ao Porto que na sua primeira fase vai ter um nó em Inhamizua. Entretanto, a segunda fase vai continuar com a estrada até a zona do Dondo, em Mafambisse, onde será construído o centro logístico de referência regional, para resolver o problema de congestionamento ao nível do Porto.
“Como é de conhecimento de todos, o Porto da Beira está a crescer, com isso o número de carga vai aumentando, tanto de combustíveis, carga geral e de contentores, o que leva a que continuemos a fazer investimentos neste”.
Apesar de reconhecer que o acto de lançamento da primeira pedra e a mobilização do empreiteiro para a construção da nova estrada de acesso ao Porto da Beira, é um passo extremamente importante para a resolução destas preocupações. Mas, também, “chegamos à conclusão que temos de continuar a investir mesmo dentro do Porto da Beira, porque há problemas relacionados com combustíveis, com carga geral e com contentores”.
Por este motivo, decidiu-se pela elaboração de um plano director do desenvolvimento do Porto da Beira, ao mesmo tempo que se equaciona a possibilidade de criação de uma entidade que possa impor disciplina no Porto da Beira.
“Quando digo impor disciplina é porque tem várias concessões, várias entidades, e cada uma vai fazendo investimentos à sua maneira, sem uma coordenação, o que acaba não resolvendo o problema principal que é a necessidade da eficiência do Porto da Beira”.
Recordou ainda que ao longo deste ano efectuou visitas de trabalho aos países do Interland, nomeadamente Zimbabué, Malawi e Zâmbia e todos reclamam da necessidade de se aumentar a eficiência no Porto da Beira. Por isso, “decidimos, a nível do governo a nível central, construir essa nova estrada de acesso ao Porto da Beira, com a necessidade de entrarmos imediatamente, enquanto começar já a primeira fase, com nó Inhamizua, entrarmos também para a segunda fase, de ida até Dondo, mas concretamente na zona do Mafambisse, para a construção desse grande centro logístico de referência regional para resolvermos os problemas do Porto da Beira”.
Chapo referiu ainda que tem consciência que isto só não vai resolver o problema do Porto da Beira, pois este precisa de uma entidade que possa gerir o plano director e fazer cumprir por parte de todos aqueles que fazem parte.
“Digo isto porque, por exemplo, neste momento temos o único ponto por onde os camiões entram e saem. Não faz sentido. Era preciso investimentos por parte dos CFM, da Cornelder, mas também de todas as entidades envolvidas no Porto, até entidades públicas. Estou a falar da Autoridade Tributária, das Alfândegas, bem como a Kudumba e tantas outras”.
O Presidente da República fez saber que o Conselho de Ministros está a passos avançados rumo à construção da Fronteira de Paragem Única de Machipanda, que vai flexibilizar a saída e entrada de camiões e de pessoas e bens do Zimbabué para Moçambique e de Moçambique para Zimbabué.
O mesmo está a ser feito na fronteira de Ressano Garcia, em Maputo. “Também vamos construir uma fronteira de paragem única porque estamos com o mesmo problema de congestionamento de camiões, mas também na circulação de pessoas e bens e a nossa intenção tanto na fronteira de Ressano Garcia como de Machipanda para além de serem de paragem única devem ser digitalizadas”.

